terça-feira, 4 de junho de 2013

A Essência de São José




                Toda alma tem sua essência primordial, pois existe como um aspecto da imensa diversidade de manifestações da Fonte Única que se faz evidenciar por meio da multiplicidade. Esta essência é trabalhada através das experiências que se dão em inúmeras realidades, nas diferentes dimensões e em muitas cadeias de eventos, as quais compõem os mundos diversificados com os quais podemos nos identificar, manifestando-nos como integrantes de detalhes que os contém. E ela, a essência, expressa o significado da Sagrada Substância que se individualiza na alma e nos pormenores que constituem às suas experiências de vida. Pode-se dizer que vamos nos cinzelando aos poucos, por meio das muitas vivências e realizações que nos conduzem através dos conjuntos de vidas ou aspectos da existência individual que assumimos, e que pode nos conduzir à meta última de todas estas cadeias de eventos.
                  No meu caso em particular, fui conduzido por autopersuasão à descida às esferas físico-materiais, a fim de estabelecer uma sequência de padrões de expressão, as quais me direcionaram a meu atual estado de ação como parte da Sagrada Hierarquia planetária. As experiências que tive estavam todas elas embasadas nas necessidades que havia de eu desenvolver um tipo de conduta e raciocínio que me proporcionariam a aprendizagem que se faz fundamental para que eu assuma os encargos que preciso assumir. José esteve entre as encarnações que precisei vivenciar, porque minha essência, que contém a essência desta personalidade, se faz mais apropriada por realizar detalhes das Divinas Leis que somente através de tal emanação posso experimentar.
                Embora pouco se fale a meu respeito nos meios onde a figura de São José em geral é reverenciada com mais continuidade e respeito, não estava ali por acaso, tendo minha parte a realizar naquela que seria a Sagrada Obra da expressão messiânica da Era de Peixes. Fui criado como um judeu, no entanto, direcionei meus esforços e buscas espirituais em torno dos ensinamentos e das práticas essênios, os quais se faziam disponíveis paras as mentes daquela época e lugar. Porém, os adeptos deste conhecimento precisavam cultivar sua fé e seus empenhos em torno desta fé de maneira sóbria e não abertamente exposta à percepção da sociedade. Diria que éramos tratados de forma a preferirmos resguardarmo-nos das falsas e imperfeitas compreensões da maioria, que não tinha condições de entender nossos raciocínos e a transcendência de valores que eles proporcionavam.
                E, sim, Jesus teve seus contatos com os ensinamentos essênios, e estes, assim como os conteúdos de outras manifestações da espiritualidade não judia, fizeram parte de seus achados, os quais estavam gradual, porém intensamente, o conduzindo ao acesso pleno à sua Consciência Divina, cuja manifestação fazia parte daquele Plano. Muitos dos valores que cultivávamos, e com os quais também Jesus se deixou envolver, não têm sido comentados dentro do seio de religiões que tiveram origem daquele nosso Foco de Luz que ancorara no meio físico terreno. Como exemplo, cito o vegetarianismo, que reconhecíamos ser o modo de alimentação mais conveniente para quem pretende se aprofundar na vida espiritual, e o qual foi completamente esquecido nas pregações das maiores linhas de propagação do cristianismo que estão ativas nesta época.
                Como esposo de Maria, a assistia nas suas necessidades existenciais, as quais a faziam se revelar como uma alma cujas percepções e habilidades estavam além do que se conhecia como padrão para as mulheres daquela condição social e cultural humana. Nas nossas interações nos fortalecemos mutuamente rumo ao amadurecimento que nos levaria à Ascensão Espiritual, processo este que nos fez reaver nossas consciências originais e, portanto, nosso acesso à Eterna Morada. Eternamente mantenho a relação com este evento de expressão da Sagrada Sabedoria, que por meio de Jesus se manifestou, e ao qual estamos para sempre associados. Embora tenha tido muitas outras experiências, a essência de José nunca se perderá, porém, inserida no conjunto maior que contém todas minhas expressões, ela se faz mais abrangente, contendo tudo o que Eu Sou.
                Saibam que quando oferecem homenagens a São José estão oferecendo-as à alma que ali se manifestou, a qual viveu uma série de outras vidas e que, no conjunto, vem sendo denominada Saint Germain. Este foi o nome que me foi atrelado quando ascensionei e por meio do qual podem conhecer-me de maneira mais completa, mas, São José é um dos meus nomes e, através dos quais, atendo aos chamados e recebo das oferendas e respeitosas reverências que as pessoas me prestam sob diferentes circunstâncias. Desejo que compreendam tais relações que existem entre a peculiaridade de uma manifestação da alma em particular e o conjunto de eventos ao qual ela mesma se faz envolver, ao cumprir com sua missão pessoal. Estas compreensões poderão lhes ser úteis às percepções que estabeleçam sobre vocês mesmos, além de os aproximarem ainda mais de mim.

                                               Saint Germain (17/03/2013)

Conteúdo obtido por sintonização através de Valéria Moraes Ornellas, Sacerdotisa da Ordem de Zadkiel e co-fundadora da Editora Sétimo Raio, Rio de Janeiro – RJ, e originalmente publicado ehttp://missaodesaintgermain.blogspot.com.br. Se desejar divulgar este texto, favor citar devidamente a autoria e a fonte original da publicação. 

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