Toda
alma tem sua essência primordial, pois existe como um aspecto da imensa diversidade
de manifestações da Fonte Única que se faz evidenciar por meio da
multiplicidade. Esta essência é trabalhada através das experiências que se dão
em inúmeras realidades, nas diferentes dimensões e em muitas cadeias de
eventos, as quais compõem os mundos diversificados com os quais podemos nos
identificar, manifestando-nos como integrantes de detalhes que os contém. E
ela, a essência, expressa o significado da Sagrada Substância que se individualiza
na alma e nos pormenores que constituem às suas experiências de vida. Pode-se
dizer que vamos nos cinzelando aos poucos, por meio das muitas vivências e
realizações que nos conduzem através dos conjuntos de vidas ou aspectos da
existência individual que assumimos, e que pode nos conduzir à meta última de
todas estas cadeias de eventos.
No meu
caso em particular, fui conduzido por autopersuasão à descida às esferas
físico-materiais, a fim de estabelecer uma sequência de padrões de expressão,
as quais me direcionaram a meu atual estado de ação como parte da Sagrada
Hierarquia planetária. As experiências que tive estavam todas elas embasadas
nas necessidades que havia de eu desenvolver um tipo de conduta e raciocínio
que me proporcionariam a aprendizagem que se faz fundamental para que eu assuma
os encargos que preciso assumir. José esteve entre as encarnações que precisei
vivenciar, porque minha essência, que contém a essência desta personalidade, se
faz mais apropriada por realizar detalhes das Divinas Leis que somente através
de tal emanação posso experimentar.
Embora
pouco se fale a meu respeito nos meios onde a figura de São José em geral é
reverenciada com mais continuidade e respeito, não estava ali por acaso, tendo
minha parte a realizar naquela que seria a Sagrada Obra da expressão messiânica
da Era de Peixes. Fui criado como um judeu, no entanto, direcionei meus
esforços e buscas espirituais em torno dos ensinamentos e das práticas
essênios, os quais se faziam disponíveis paras as mentes daquela época e lugar.
Porém, os adeptos deste conhecimento precisavam cultivar sua fé e seus empenhos
em torno desta fé de maneira sóbria e não abertamente exposta à percepção da
sociedade. Diria que éramos tratados de forma a preferirmos resguardarmo-nos
das falsas e imperfeitas compreensões da maioria, que não tinha condições de
entender nossos raciocínos e a transcendência de valores que eles
proporcionavam.
E,
sim, Jesus teve seus contatos com os ensinamentos essênios, e estes, assim como
os conteúdos de outras manifestações da espiritualidade não judia, fizeram
parte de seus achados, os quais estavam gradual, porém intensamente, o
conduzindo ao acesso pleno à sua Consciência Divina, cuja manifestação fazia
parte daquele Plano. Muitos dos valores que cultivávamos, e com os quais também
Jesus se deixou envolver, não têm sido comentados dentro do seio de religiões
que tiveram origem daquele nosso Foco de Luz que ancorara no meio físico
terreno. Como exemplo, cito o vegetarianismo, que reconhecíamos ser o modo de alimentação
mais conveniente para quem pretende se aprofundar na vida espiritual, e o qual
foi completamente esquecido nas pregações das maiores linhas de propagação do
cristianismo que estão ativas nesta época.
Como
esposo de Maria, a assistia nas suas necessidades existenciais, as quais a
faziam se revelar como uma alma cujas percepções e habilidades estavam além do
que se conhecia como padrão para as mulheres daquela condição social e cultural
humana. Nas nossas interações nos fortalecemos mutuamente rumo ao amadurecimento
que nos levaria à Ascensão Espiritual, processo este que nos fez reaver nossas
consciências originais e, portanto, nosso acesso à Eterna Morada. Eternamente
mantenho a relação com este evento de expressão da Sagrada Sabedoria, que por
meio de Jesus se manifestou, e ao qual estamos para sempre associados. Embora
tenha tido muitas outras experiências, a essência de José nunca se perderá,
porém, inserida no conjunto maior que contém todas minhas expressões, ela se
faz mais abrangente, contendo tudo o que Eu Sou.
Saibam
que quando oferecem homenagens a São José estão oferecendo-as à alma que ali se
manifestou, a qual viveu uma série de outras vidas e que, no conjunto, vem
sendo denominada Saint Germain. Este foi o nome que me foi atrelado quando
ascensionei e por meio do qual podem conhecer-me de maneira mais completa, mas,
São José é um dos meus nomes e, através dos quais, atendo aos chamados e recebo
das oferendas e respeitosas reverências que as pessoas me prestam sob
diferentes circunstâncias. Desejo que compreendam tais relações que existem
entre a peculiaridade de uma manifestação da alma em particular e o conjunto de
eventos ao qual ela mesma se faz envolver, ao cumprir com sua missão pessoal. Estas
compreensões poderão lhes ser úteis às percepções que estabeleçam sobre vocês
mesmos, além de os aproximarem ainda mais de mim.
Saint
Germain (17/03/2013)
Conteúdo
obtido por sintonização através de Valéria Moraes Ornellas, Sacerdotisa
da Ordem de Zadkiel e co-fundadora da Editora Sétimo Raio, Rio de
Janeiro – RJ, e originalmente publicado em http://missaodesaintgermain.blogspot.com.br. Se desejar divulgar este texto, favor citar devidamente a autoria e a fonte original da publicação.
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