Capítulo 1
As palavras das bênçãos de Enoque, com as quais ele abençoou os eleitos e os justos, os quais devem existir nos tempos da tribulação, rejeitando toda iniquidade e mundanismo. Enoque, um homem justo, o qual estava com Deus, respondeu e falau com Deus enquanto seus olhos estavam abertos, e enquanto via uma santa visão dos céus. Isto os anjos me mostraram.
2Deles eu ouvi todas as coisas e entendi o que ví; coisas que não terão lugar nesta geração, mas numa geração que deve acontecer num tempo distante, por causa dos eleitos.
3A respeito deles eu falei e conversei com Ele, o qual virá de Sua habitação, o Santo e Poderoso, o Deus do mundo:
4O qual pisará sobre o Monte Sinai; aparecerá com Suas hostes e se manifestará com a força do Seu poder dos céus.
5Todos estarão temerosos e as Sentinelas estarão aterrorizados.
6Grande temor e tremor se apoderarão deles, mesmo aos confins da terra. As alturas das montanhas serão abaladas, e os altos montes serão abatidos, derretidos como o favo de mel na chama de fogo. A terra será imersa e todas as coisas que nela estão perecerão; enquanto julgamento virá sobre todos, mesmo sobre todos os justos:
7Mas a eles será dada paz: Ele preservará os eleitos e para com eles exercitará clemência.
8Então todos pertencerão a Deus, serao felizes e abençoados, e o esplendor da Divindade os iluminará.
Capítulo 2
1Eis que Ele vem com dezenas de milhares dos Seus santos para executar julgamento sobre os pecadores e destruir o niníquo, e reprovar toda coisa carnal e toda coisa pecaminosa e mundana que foi feita, e cometida contra Ele. (2)
(2) Citado por Judas, vss. 14, 15.
Capítulo 3
1Todos os que estão nos céus sabem o que transcorre lá.
2Eles sabem que as luminárias celestes não mudam seus caminhos; que cada uma nasce e se põe regularmente, cada uma a seu próprio tempo, sem transgredir os mandamentos que receberam. A VISÃO da terra, e entendem o que deve acontecer, desde o princípio até o seu fim.
3Eles veêm que toda obra de Deus é invariável no período de seu aparecimento. Eles veêm o verão e o inverno: percebendo que toda terra está repleta de água; e que a núvem, o orvalho, e a chuva refrescam-na.
Capítulo 4
1Eles consideram e veêm cada árvore, como aparecem para depois murchar, e toda folha, para depois cair, exceto de quatorze árvoes, as quais não são efêmeras, e esperam pelo aparecimento das folhas novas por dois ou três invernos.
Capítulo 5
1Novamente eles consideram os dias de verão, que o sol está sobre a terra desde o princípio; enquanto tu procuras por uma cobertuda e por um lugar sombreado por causa do sol ardente; enquanto a terra é queimada com calor fervente, e tu te tornas incapaz de andar sobre a terra ou sobre as rochas em consequência do calor.
Capítulo 6
1Eles consideram como as árvores, quando elas dão suas folhas verdes, cobrem-se e produzem frutos; entendendo tudo, e sabendo que Ele, o qual vive para sempre, faz todas estas coisas por causa de vós:
2Que as obras desde o princípio de todo ano existente, que todas as suas obras são obedientes a Ele e invariáveis; assim como Deus determinou, assim todas as coisas acontecem.
3Eles veêm também como os mares e os rios juntos completam suas respectivas operações:
4Mas tu resistes inpacientemente, não cumpres os mandamentos do Senhor, mas gransgrides e calunias a Sua grandiosidade; e malditas são as palavras em tua boca poluida contra Sua magestade.
5Tu, murcho de coração, a paz não estará contigo!
6Portanto teus dias te amaldiçoarão, e os anos de tua vida perecerão; execração perpétua se multiplicará, e não obterás misericórdia.
7Nestes dias tu resignas tua paz com a eterna maldição de todos os justos, e os pecadores perpetuamente te execrarão;
8Eles te execrarão com tudo o que não é divino.
9Os eleitos possuirão luz, alegria e paz; e herdarão a terra.
10Mas tu, que não és santo, serás amaldiçoado.
11Então a sabedoria será dada aos eleitos, todos os que viverão, e não transgredirão por impiedade ou orguolho, mas humilhar-se-ão, processando prudência, e não repetirão transgressão.
12Eles não condenarão todo o período das suas vidas, não morrerão em tormento e indignação; mas a soma dos seus dias se completará, e envelhecerão em paz; enquanto os anos de sua felicidade se multiplicarão em alegria, e com paz, para sempre, em toda a duração de sua existência.
Capítulo 7
1E aconteceu depois que os filhos dos homens se multiplicaram naqueles dias, nasceram-lhe filhas, elegantes e belas.
2E quando os anjos, (3) os filhos dos céus, viram-nas, enamoraram-se delas, dizendo uns para os outros: Vinde, selecionemos para nós mesmos esposas da progênie dos homens, e geremos filhos.
(3) No texto aramaico lê-se "Sentinelas" (J.T. Milik, Aramaic Fragments of Qumran Cave 4 [Oxford: Clarendon Press, 1976], p. 167). 3Então seu líder Samyaza disse-lhes: Eu temo que talvez possais indispor-vos na realização deste empreendimento;
4E que só eu sofrerei por tão grave crime.
5Mas eles responderam-lhe e disseram: Nós todos juramos;
6 (e amarraram-se por mútuos juramentos), que nós não mudaremos nossa intenção mas executamos nosso empreendimento projetado. 7Então eles juraram todos juntos, e todos se amarraram (ou uniram) por mútuo juramento. Todo seu número era duzentos, os quais descendiam de Ardis, (4) o qual é o topo do monte Armon.
(4) de Ardis. Ou, "nos dias de Jared" (R.H. Charles, ed. and trans., The Book of Enoch [Oxford: Clarendon Press, 1893], p. 63).
8Aquele monte portanto foi chamado Armon, porque eles tinham juardo sobre ele, (5) e amarraram-se por mútuo juramento.
(5) Mt. Armon, ou Monte Hermon deriva seu nome do hebreu herem, uma maldição (Charles, p. 63).
9Estes são os nomes de seus chefes: Samyaza, que era o seu líder, Urakabarameel, Akibeel, Tamiel, Ramuel, Danel, Azkeel, Saraknyal, Asael, Armers, Batraal, Anane, Zavebe, Samsaveel, Ertael, Turel, Yomyael, Arazyal. Estes eram os prefeitos dos duzentos anjos, e os restantes estavam todos com eles. (6)
(6) O texto aramaico preserva uma lista anterior dos nomes destes Guardiães ou Sentinelas: Semihazah; Artqoph; Ramtel; Kokabel; Ramel; Danieal; Zeqiel; Baraqel; Asael; Hermoni; Matarel; Ananel; Stawel; Samsiel; Sahriel; Tummiel; Turiel; Yomiel; Yhaddiel (Milik, p. 151). 10Então eles tomaram esposas, cada um escolhendo por si mesmo; as quais eles começaram a abordar, e com as quais eles cohabitaram, ensinando-lhes sortilégios, encantamentos,e a divisão de raízes e árvores.
11E as mulheres conceberam e geraram gigantes, (7).
(7) O texto grego varia consideravelmente do etíope aqui. Um manuscrito grego acrescenta a esta secção, "E elas [as mulheres] geraram a eles [as Sentinelas] três raças: os grandes gigantes. Os gigantes trouxeram [alguns dizem “mataram"] os Naphelim, e os Naphelim trouxeram [ou "mataram"] os Elioud. E eles sobreviveram, crescendo em poder de acordo com a sua grandeza." Veja o registro no Livro dos Jubileus.
12Cuja estarura era de trezentos cúbitos. Estes devoravam tudo o que o labor dos homens produzia e tornou-se impossível alimentá-los;
13Então eles voltaram-se contra os homens, a fim de devorá-los;
14E começaram a ferir pássaros, animais, répteis e peixes, para comer sua carne, um depois do outro, (8) e para beber seu sangue.
(8) Sua carne, um depois do outro. Ou, "de uma outra carne". R.H. Charles nota que esta frase pode referir-se à destruição de uma classe de gigantes por outra. (Charles, p. 65).
15Então a terra reprovou os injustos.
Capítulo 8
1Além disso, Azazyel ensinou os homens a fazerem espadas, facas, escudos, armaduras (ou peitorais), a fabricação de espelhos e a manufatura de braceletes e ornamentos, o uso de pinturas, o embelezamento das sobrancelhas, o uso de todo tipo selecionado de pedras valiosas, e toda sorte de corantes, para que o mundo fosse alterado.
2A impiedade foi aumentada, a fonicação multiplicada; e eles transgrediram e corromperam todos os seus caminhos.
3Amazarak ensinou todos os sortilégios, e divisores de raízes:
4Armers ensinou a solução de sortilégios;
5Barkayal ensinou os observadores das estrelas, (9)
(9) Observadores das estrelas. Astrólogos (Charles, p. 67). 6Akibeel ensinou sinais;
7Tamiel ensinou astronomia;
8E Asaradel ensinou o movimento da lua,
9E os homens, sendo destruídos, clamaram, e suas vozes romperam os céus.
Capítulo 9
1Então Miguel and Gabriel, Radael, Suryal, and Uriel, olharam abaixo desde os céus, e viram a quantidade de sangue que era derramada na terra, e toda a iniquidade que era praticada sobre ela, e disseram um ao outro; Esta é a vóz de seus clamores;
2A terra desprovida de seus filhos tem clamado, mesmo até os portões do céu.
3E agora a ti, ó Santo dos céus, as almas dos homens queixam-se, dizendo: Obtem justiça para conosco com o Altíssimo (10). Então eles disseram ao seu Senhor, o Rei: Tu és Senhor dos senhores, Deus dos deuses, Rei dos reis. O trono de Tua glória é para sempre e sempre, e para sempre seja Teu nome santificado e glorificado.
(10) Obtém justica para conosco. Literalmente, "Traz julgamento para nós do..." (Richard Laurence, ed. and trans., The Book of Enoch the Prophet [London: Kegan Paul, Trench & Co., 1883], p. 9).
4Tu fizeste todas as coisas; Tu possuis poder sobre todas as coisas; e todas as coisas estão abertas e manifestas diante de Ti. Tu vês todas as coisas e nada pode esconder-se de Ti.
5Tu viste o que Azazyel tem feito, como ele tem ensinado toda espécie de iniquidade sobre a terra, e tem aberto ao mundo todas as coisas secretas que são feitas nos céus.
6Samyaza também tem ensinado sortilégios, para quem Tu deste autoriadde sobre aqueles que estão associados Contigo. Eles tem ido juntos às filhas dos homens, têm-se deitado com elas; têm-se contaminado;
7E têm descoberto crimes a elas. (11)
(11) Discoberto crimes. Ou, "revelado estes sinais" (Charles, p. 70). 8As mulheres igualmente têm gerado gigantes.
9Assim toda a terra tem se enchido de sangue e iniquidade.
10E agora, vês que as almas daqueles que estão mortos clamam.
11E queixam-se até ao portão do céu.
12Seus gemidos sobem; nem podem eles escapar da injustiça que é cometida na terra. Tu conheces todas as coisas, antes de elas existirem. 13Tu conheces estas coisas, e o que tem sido feito por eles; já Tu não falas a nós.
14O que, por conta destas coisas, devemos fazer contra eles?
Capítulo 10
1Então o Altíssimo, o Grande e Santo falou,
2E enviou a Arsayalalyur (12) ao filho de Lamech,
(12) Arsayalalyur. No texto em grego lê-se "Uriel”.
3Dizendo: Diz a eles em Meu nome: Esconde-te.
4Então explicou-lhe a consumação que está preste a acontecer; pois toda a terra perecerá; as águas do dilúvio virão sobre toda a terra, e todas os que estão nela serão destruídos.
5E agora, ensina-o como ele pode escapar, e como sua semente pode permanecer em toda a terra.
6Novamente o Senhor disse a Rafael: Amarra a Azazyel, mãos e pés; lança-o na escuridão; e abrindo o deserto que está em Dudael, lança-o nele.
7Arremessa sobre ele pedras agudas, cobrindo-o com escuridão;
8Lá ele permanecerá para sempre; cobre sua face, para que ele não possa ver a luz.
9E no grande dia do julgamento lança-o ao fogo.
10Restaura a terra, a qual os anjos corromperam; e anuncia vida a ela, para que Eu possa recebê-la.
11Todos os filhos dos homens, sua descendência, não perecerão em consequência de todo segredo, pelo qual as Sentinelas têm destruído, e o que eles ensinaram;
12Toda a a terra tem se corrompido pelos efeitos dos ensinamentos de Azazyel. A ele, portanto, se atribui todo crime.
13A Gabriel também o Senhor disse: Vai aos bastardos, (13) aos réprobos, aos filhos da fornicação; e destrói os filhos da fornicação, a descendência das Sentinelas de entre os homens; traz-os e excita-os ums contra os outros. Faz-os perecer por mútua matança; pois o prolongamento de dias não será deles.
(13) "bastardos" (Charles, p. 73; Michael A. Knibb, ed. and trans., The Ethiopic Book of Enoch [Oxford: Clarendon Press, 1978], p. 88).
14Eles rogarão a ti, mas seus pais não obterão seus desejos com respeito a eles; pois eles esperaram por vida eterna, e que eles possam viver, cada um deles, quinhentos anos.
15A Miguel, igualmente o Senhor disse: Vai e anuncia seus próprios crimes a Samyaza, e aos outros que estão com ele, os quais têm se associado às mulheres para que se contaminem com toda sua impureza. E quando todos os seus filhos forem mortos, quando eles virem a
perdição dos seus bem-amados, amarra-os por setenta gerações debaixo da terra, mesmo até o dia do julgamento, e da consumação, até o julgamento, cujo efeito que dura para sempre, seja completado.
16Então eles serão levados para as mais baixas profundezas do fogo em tormentos; lá eles serão encerrados em confinamento para sempre. 17Imediatamente depois disso ele, (14) juntamente com os outros, queimarão e perecerão; eles serão amarrados até a consumação de muitas gerações.
(14) Ele. I.e., Samyaza.
18Destrói todas as almas viciadas na luxúria, (15) e a descendência das Sentinelas, pois eles tiranizam a humanidade.
(15) "luxúria" (Knibb, p. 90; cp. Charles, p. 76).
19Que todo opressor pereça na face da terra;
20Que toda má obra seja destruída;
21A semente da justiça e da retidão apareça, e o que é produtivo torne-se uma bênção.
22Justiça e retidão serão plantados para sempre com prazer.
23E então todos os santos darão graças, e viverão até terem gerado milhares de filhos, enquanto todo o período se sua juventude, e seus sábados, serão completados em paz. Naqueles dias toda a terra será cultivada em retidão; ela será totalmente cultivada com árvores, e será cheia de bendições; toda árvore de delícias será plantada nela.
24Vinhas serão plantadas; e a vinha que nela será plantada produzirá frutos para saciedade; toda semente que nela será semeada produzirá mil por uma medida; e uma medida de olivas produzirá dez prensas de óleo.
25Purifica a terra de toda opressão, de toda injustiça, de todo crime, de toda impiedade, e de toda impureza que é cometida sobre ela. Extermina-os da terra.
26Então todos os filhos dos homens serão justos, e todas as nações me pagarão divinas honras, e Me abençoarão; e todos Me adorarão.
27A terra será limpa de toda corrupção, de toda punição e de todo sofrimento; Eu não enviarei novamente dilúvio sobre ela, de geração em geração para sempre.
28Naqueles dias Eu abrirei terouros de bênçãos que estão nos ceús, para que Eu possa fazê-las descer sobre a terra, e sobre todos os trabalhos e labores do homem.
29Paz e eqüidade se associará aos filhos dos homens todos os dias do mundo, em cada uma de suas gerações.
(Capítulo 11- não tem)
Capítulo 12
1Antes de todas estas coisas acontecerem, Enoque esteve escondido; e nenhum dos filhos dos homens sabia onde ele estava, onde ele havia estado, e o que havia acontecido.
2Ele esteve totalmente engajado com os santos, e com as Sentinelas em seus dias.
3Eu, Enoque, fui abençoado pelo grande Senhor e Rei da paz.
4E eis que as Sentinelas chamaram-me Enoque, o escriba.
5Entao o Senhor disse-me: Enoque, escriba da retidão, vai e dize às Sentinelas dos céus, os quais desertaram o alto céu e seu santo e eterno estado, os quais foram contaminados com mulheres.
6E fizeram como os filhos dos homens fazem, tomando para si esposas, e os quais têm sido grandemente corrompidos na terra;
7Que na terra eles nunca obterão paz e remissão de pecados. Pois eles não se regozijarão em sua descendência; eles verão a matança dos seus bem-amados; lamantarão a destruição dos seus filhos e farão petição para sempre; mas não obterão misericórdia e paz.
Capítulo 13
1Então Enoque, passando ali, disse a Azazyel: Tu não obterás paz. Uma grande sentença há contra ti. Ele te amarrará;
2Socorro, misericórdia e súplica não estarão contigo por causa da opressão que tens ensinado;
3E por causa de todo ato de blasfêmia, tirania e pecado que tens descoberto aos filhos dos homens.
4Então partindo dele, falei a eles todos juntos;
5E eles todos ficaram apavorados, e tremeram;
6Abençoando-me por escrever por eles um memorial de súplica, para que eles pudessem obter perdão; e que eu fizesse um memorial de suas orações ascendendo diante do Deus do céu; porque eles, por si mesmos, desde então não podiam dirigir-se a Ele, nem levantar seus olhos aos céus por causa da infame ofensa com a qual eles foram julgados.
7Então eu escrevi um memorial de suas orações e súplicas, por seus espíritos, por tudo o que eles haviam feito, e pelo assunto de sua solicitação, para que eles obtivessem remissão e descanço.
8Procedendo nisso, eu continuei sobre as águas de Danbadan, (16) as quais estão da direita para o oeste de Armon, lendo o memorial de suas orações, até que caí adormecido.
(16) Danbadan. Dan in Dan (Knibb, p. 94).
9E eis que um sonho veio a mim, e visões apareceram acima de mim. E caí e vi uma visão de castigos, para que eu pudesse ralatá-la aos filhos dos céus, e reprová-los. Quando eu acordei fui até eles. Todos estavam reunidos chorando em Oubelseyael, que está situada entre o Libano e Seneser, (17) com suas faces escondidas.
(17) Libanos e Seneser. Líbano e Senir (próximo a Damasco).
10E relatei em sua presença todas as visões que eu havia visto, e meu sonho;
11E comecei a pronunciar estas palavras de retidão, reprovando as Sentinelas do céu.
Capítulo 14
1Este é o livro das palavras de retidão, e de reprovação das Sentinelas, os quais pertencem ao mundo, (18) de acordo com o que Ele, que é santo e grande, ordenou na visão. Eu percebi em meu sonho que eu estava então falando com a língua da carne, e com meu fôlego, que o Poderoso colocou na bôca dos homens, para que eles pudessem conversar com Ele.
(18) Os quais pertencem ao mundo. Ou, "os quais (são) da eternidade" (Knibb, p. 95).
2Eu entendí com o coração. Assim como Ele havia criado e dado aos homens o poder de compreender a palavra de entendimento, assim criou, e deu a mim o poder de reprovar os Sentinelas, a geração dos céus. E escrevi sua petição; e na minha visão foi-me mostrado que seu pedido não lhes será atendido enquanto o mundo perdurar. 3Julgamento passou sobre vós: vosso pedido não vos será atendido.
4De agora em diante, nunca ascendereis ao céu; Ele o disse que na terra Ele vos amarrará, tanto tempo quanto o mundo existir.
5Mas antes destas coisas tu verás a destruição dos vossos bem-amados filhos; não os possuireis, mas eles cairão diante de vós pela espada. 6Nem pedireis por eles, nem por vós mesmos;
7Mas chorareis e suplicareis em silêncio. As palavras do livro que eu escrevi.(19)
(19) Mas chorareis... Eu escrevi. Ou, "Assim também, a despeito de vossas lágrimas e orações, não recebereis nada, de tudo o que está contido nos registros que eu tenho escrito" (Charles, p. 80).
8Uma visão então me apareceu.
9Eis que naquela visão, nuvens e névoa convidaram-me; estrelas agitadas e brilho de relâmpagos impeliram-me e pressionaram-me
adiante, enquanto ventos na visão assistiram meu vôo, acelerando meu progresso.
10Eles elevaram-me no alto ao céu. Eu prossegui, até que cheguei próximo dum muro construido com pedras de cristal. Uma chama de fogo vibrante (20) rodeou-o, a qual começou a golpear-me com terror. (20) Chama de fogo vibrante. Literalmente, "uma língua de fogo”. 11Nesta chama de fogo vibrante eu entrei;
12E aproximei-me de uma espaçosa habitação, também construida com pedras de cristal. Seus muros também, bem como o pavimento, eram formados com pedras de cristal, e de cristal também era o piso. Seu telhado tinha a aparência de estrelas agitadas e brilhos de relâmpagos; e entre eles haviam queribins de fogo num céu tempestuoso.(21) Uma chama queimava ao redor dos muros; e seu portal queimava com fogo. Quando eu entrei nesta habitação, ela era quente como fogo e frio como o gelo. Nenhum traço de encanto ou de vida havia lá. O terror sobrepujou-me, e um tremor de medo apoderou-se de mim.
(21) Num céu tempestuoso. Literalmente, "e seu céu era água" (Charles, p. 81).
13Violentamente agitado e tremento, eu caí sobre minha face. Na visão eu olhei.
14E ví que lá havia outra habitação mais espaçosa que a primeira, cada entrada da qual estava aberta diante de mim, elevada no meio da chama vibrate.
15Tão grandemente superou em todos os pontos, em glória, em magnificiência, em magnitude, que é impossível descrever-vos o esplendor ou a extenção dela.
16Seus pisos eram de fogo, acima haviam relâmpagos e estrelas agitadas, enquamto o telhado exibia um fogo ardente.
17Eu examinei-a atentamente e vi que ela continha um trono exaltado; 18A aparência do qual era semelhante à da geada, enquanto que sua circumferência assemelhava-se à órbita do sol brilhante; e havia a vóz de um querubim.
19Debaixo desse poderoso trono saíam rios de fogo flamejante.
20Olhar para ele foi impossível.
21Alguém grande em glória assentava-se sobre ele,
22Cujo manto era mais brilhante que o sol, e mais branco que a neve. 23Nenhum anjo era capaz de penetrar para olhar a Sua face, o Glorioso e Efulgente; nem podia algum mortal vê-Lo. Um fogo flamejante rodeava-O.
24Também um fogo de grande extenção continuava a elevar-se diante dEle; de modo que nenhum daqueles que estavam ao redor dEle eram capazes de aproximar-se dEle, entre as miríades de miríades(22) que estavam diante dEle. Para Ele santa consulta era desnecessária. Contudo, o Santificado, que estava próximo dEle, não apartou-se dEle nem de noite nem de dia; nem eram eles tirados de diante dEle. Eu também estava tão adiantado, com um véu sobre minha face, e trêmulo. Então o Senhor com sua própria boca chamou-me, dizendo: Aproxima-se aqui acima, Enoque, à minha santa palavra.
(22) Miríades de miríades. Dez mil vezes dez mil (Knibb, p. 99).
25E Ele ergueu-me, fazendo aproximar-me, mesmo até à entrada. Meus olhos estavam dirigidos para o chão.
Capítulo 15
1Então dirigindo-se para mim, Ele falou e disse: Ouve, não se atemorize, justo Enoque, tu escriba da retidão: aproxima-te para cá, e ouve a minha vóz. Vai, dize às Sentinelas do céu, a quem te enviei para rogar por eles; tu deves rogar pelos homens, e não os homens por ti.
2Portanto, deves abandonar o sublime e santo céu, o qual permanece para sempre; deitastes com mulheres; vos corrompetes com as filhas dos homens; tomastea para ti esposas; agistes igual aos filhos da terra, e gerastes uma ímpia descendência.(23)
(23) Uma ímpia descendência. Literalmente, "gigantes" (Charles, p. 82; Knibb, p. 101).
3 Sois espirituais, santos, e possuidores de uma vida que é eterna; vos contaminastes com mulheres, procriastes em sangue carnal; cobiçastes o sangue de homens; e fizestes como aqueles que são carne e sangue fazem.
4Estes, contudo, morrem e perecem.
5Portanto, de agora em diante Eu dou-vos esposas, para que possais cohabitar com elas; para que filhos nasçam delas; e que isto seja negociado sobre a terra.
6Mas desde o princípio fostes feitos espirituais, possuindo uma vida que é eterna, e não sujeito à morte para sempre.
7Portanto, eu não fiz esposas para vós, porque, sendo espirituais, vossa habitação está no céu,
8Agora, os gigantes que têm nascido de espírito e de carne, serão chamados sobre a terra de maus espíritos, e na terra estará a sua habitação. Maus espíritos procederão de sua carne, porque eles foram criados de cima; dos santos Sentinelas foi seu princípio e a sua primeira
fundação. Maus espíritos eles serão sobre a terra, e de espíritos da maldade eles serão chamados. A habitação dos espíritos do céu será no céu, mas sobre a terra estará a habitação dos espíritos terrestriais, os quais são nascidos na terra.(24)
(24) Note as muitas implicações dos vercículos 3-8 com respeito à progênie dos maus espíritos.
9Os espíritos dos gigantes serão semelhantes às nuvens, (25) os quais oprimem, corrompem, caem, contendem e confundem sobre a terra.
(25) A palavra grega para "nuvem" aqui, nephelas, pode ocultar a mais antiga leitura, Napheleim (Nephilim).
10Eles causarão lamentação. Nenhuma comida eles comerão; e terão sede; eles se esconderão e não (26) se levantarão contra os filhos dos homens, e contra as mulheres; pois eles virão durante os dias da matança e da destruição.
(26) Não. Quase todos os manuscritos contêm esta negativa, mas Charles, Knibb, e outros acreditam que o “não” deve ser deletado para que na frase leia-se "levantarão".
Capítulo 16
1E quanto à morte dos gigantes, onde quer que seus espíritos se apartem de seus corpos; que sua carne, que é perecível, esteja sem julgamento.(27) Assim eles perecerão, até o dia da grande consumação do mundo. Uma destruição das Sentinelas e dos ímpios acontecerá.
(27) Que sua carne... esteja sem julgamento. Ou, "sua carne será destruida antes do julgamento" (Knibb, p. 102).
2E então às Sentinelas, aos quais enviei-te para rogar por eles, os quais no princípio estavam no céu,
3Dize: No céu tens estado; coisas secretas, entretanto, não têm sido manifestadas a ti; contudo tens conhecido um reprovável mistério.
4E isto tens relatado às mulheres na dureza do vosso coração, e por aquele mistério as mulheres e a humanidade têm multiplicado males sobre a terra.
5Dize a eles: Nunca, portanto, obtereis paz.
Capítulo 17
1Eles levantaram-me a um certo lugar, onde lá havia (28) a aparência de um fogo fervente; e quando eles se agradaram assumiram a semelhança de homens.
(28) Onde havia. Ou, "onde eles [os anjos] eram semelhantes" (Knibb, p. 103).
2Eles levaram-me a um alto lugar, a uma montanha, cujo topo alcançava o céu.
3E eu ví os receptáculos da luz e do trovão nas extremidades do lugar, onde ele era profundo. Havia um arco de fogo, e flexas em seu vibrar, uma espada de fogo, e toda espécie de relâmpagos.
4Então eles levaram-me a um arroio murmurante, (29) e a um fogo no oeste, o qual recebeu todo pôr-do-sol. Eu vim a um rio de fogo, o qual fluiu como água, e desaguou no grande mar para o oeste.
(29) A um arroio murmurante. Literalmente, "à água da vida, a qual fala" (Laurence, p. 23).
5Eu vi todo largo rio, até que cheguei à grande escuridão. Eu fui para onde toda carne migra; e vi as montanhas da escuridão as quais constituem o inverno, e o lugar do qual flui a água em cada abismo.
6 Eu vi também as bocas de todos os rios no mundo, e as bocas das profundezas.
Capítulo 18
1Eu então examinei os receptáculos de todos os ventos, percebendo que eles contribuem para adornar toda criação, e para preservar a fundação da terra.
2Eu examinei a pedra que apoia os cantos da terra.
3Também vi os quatro ventos, os quais sustêm a terra, e o firmamento do céu.
4E eu vi os ventos ocupando o céu exaltado,
5Surgindo no meio do céu e da terra, e constituindo os pilares do céu. 6Eu vi os ventos que giram no céu, os quais ocasionam e determinam a órbita do sol e de todas as estrelas; e sobre a terra eu vi os ventos que mantêm as nuvens.
7Eu vi o caminho dos anjos.
8Percebi na extremidade da terra o firmamento do céu acima dele. Então passei para a direção do sul,
9Onde queimam, tanto de dia quanto de noite, seis montanhas formadas de gloriosas pedras, três em direção ao leste, e três em direção ao sul. 10Aquelas que estão em direção ao leste eram de pedra multicolorida, uma das quais era de margarite, e outra de antimônio. Aquelas em direção ao sul eram de uma pedra vermelha. A do meio aproximava-se do céu como o trono de Deus; um trono composto de alabastro, o topo do qual era de safira. Vi também um fogo flamejante suspenso sobre todas as montanhas.
11E lá eu vi um lugar do outro lado de um extenso território, onde águas foram coletadas.
12Também ví fontes terrestriais, profundas em colunas ardentes do céu. 13E nas colunas do céu eu ví fogos, os quais desciam sem número, mas nem no alto, ou no profundo. Sobre estas fontes também percebi um lugar onde não havia nem o firmamento do céu acima dele, nem o sólido chão abaixo dele; nem havia água acima; ou nada no vento; mas o lugar era desolado.
14E lá eu ví sete estrelas, semelhantes a grandes montanhas, e como espíritos suplicando-me.
15Então o anjo disse: Este lugar, até a consumação do céu e da terra, será a prisão das estrelas, e das hostes do céu.
16As estrelas que rolam sobre fogo são aquelas que transgrediram o mandamento de Deus antes que seu tempo chegasse; pois elas não vieram em sua própria estação. Portanto, Ele ofendeu-se com elas, e amarrou-as até o período da consumação dos seus crimes no ano secreto.
Capítulo 19
1Então Uriel disse: Eis aqui os anjos que cohabitaram com mulheres, escolheram seus líderes;
2E sendo numerosos em aparência (30) profanaram os homens e fizeram com que errassem; assim eles sacrificaram aos demônios como aos deuses. Pois no grande dia haverá um julgamento, no qual eles serão julgados, até que sejam consumidos; e suas esposas também serão julgadas, as quais levaram desencaminhadamente os anjos do céu para que as saudassem.
(30) Sendo numerosos em aparência. Ou, "assumindo muitas formas" (Knibb, p. 106).
3E eu, Enoque, só vi a aparência do fim de todas as coisas. Não tendo visto nenhum homem enquando via as coisas.
Capítulo 20
1Estes são os nomes dos anjos Sentinelas:
2Uriel, um dos santos anjos, o qual preside sobre o clamor e o terror. 3Rafael, um dos santos anjos, o qual preside sobre os espíritos dos homens.
4Raguel, um dos santos anjos, o qual inflige punição ao mundo e às luminárias.
5Miguel, um dos santos anjos, o qual, presidindo sobre a virtude humana, comanda as ações.
6Sarakiel, um dos santos anjos, o qual preside sobre os espíritos dos filhos dos homens que transgridem.
7Gabriel, um dos santos anjos, o qual preside sobre Ikisat, (31) sobre o paraiso e sobre o querubim.
(31) Ikisat. As serpentes (Charles, p. 92; Knibb, p. 107).
Capítulo 21
1Então eu fiz um circuito para um lugar no qual nada estava completo. 2E lá eu não vi nem as tremendas manufaturas do um céu exaltado, nem de uma terra estabelecida, mas um lugar desolado, preparado e terrível. 3Lá também vi sete estrelas do céu amarradas juntas, semelhantes a grandes montanhas, e semelhante ao fogo fervente. Eu exclamei: Por que espécie de crime elas foram amarradas, e por que foram removidas de seu lugar? Então Uriel, um dos santos anjos que estava comigo, e o qual conduzia-me, respondeu: Enoque, por que perguntas; por que arrazoas consigo mesmo, e ansiosamente indagas? Estas são aquelas estrelas que transgrediram o mandamento do altíssimo Deus; e estão aqui amarradas, até que o número infinito dos dias dos seus crimes esteja completo.
4Dali eu passei depois para um outro lugar terrível;
5Onde eu vi a operação de um grande fogo flamejante e resplandecente, no meio do qual havia uma divisão. Colunas de fogo lutando juntas para o fim do abismo, e profunda era sua descida. Mas sua medida e magnitude eu não fui capaz de descobrir, nem pude perceber sua origem. Então exlamei: Quão terrível é este lugar, e quão difícil explorá-lo! 6Uriel, um dos santos anjos que estava comigo, respondeu e disse: Enoque, por que estás alarmado e maravilhado com este terrível lugar, à vista deste lugar de sofrimento? Isto, disse ele, é a prisão dos anjos; e aqui eles serão mantidos para sempre.
Chapter 22
1Dali eu me dirigi para outro lugar, onde vi a oeste uma grande e elevada montanha, uma forte rocha, e quatro lugares deleitosos. 2Internamente ele era profundo, amplo, e muito polido; tão polido como se tivesse sido rolled over: ele era profundo e escuro à vista.
3Então Rafael, um dos santos anjos que estava comigo, respondeu e disse: Estes são os lugares deleitosos onde os espíritos, as almas dos mortos, serão reunidos; para eles ele foi formado e aqui serão reunidas todas as almas dos filhos dos homens.
4Estes lugares, nos quais habitam, eles ocuparão até o dia do julgamento, e até seu período escolhido.
5Seu período escolhido será longo, mesmo até o grande julgamento. E vi os espíritos dos filhos dos homens que estão mortos; e suas vozes rompem o céu, enquanto eles são acusados.
6Então inquiri de Rafael, o anjo que estava comigo, e disse: Que espírito é aquele, a vóz do qual alcança o céu, e acusa?
7Ele respondeu, dizendo: Este é o espírito de Abel o qual foi morto por Cain seu irmão; o qual acusará aquele irmão, até que sua semente seja destruida da face da terra;
8Até que sua semente desapareça da semente da raça humana.
9 Naquele tempo portanto eu inquiri a respeito dele, e a respeito do julgamento geral, dizendo: Por que um está separado ou outro? Ele respondeu: Três separações foram feitas entre os espíritos dos mortos, e assim os espíritos dos justos foram separados,
10Nomeadamente, por uma fenda na terra, por água, e por luz acima dela.
11E da mesma maneira os pecadores são separados quando morrem, e são sepultados na terra; julgamento não os surpreenderá em seu tempo de vida.
12Aqui suas almas estão separadas. Além disso, abundante é seu sofrimento até o tempo do grande julgamento, o castigo, e o tormento daqueles que eternamente execraram, cujas almas são munidas e amarradas lá para sempre.
13E assim tem sido desde o princípio do mundo. Assim, existe uma separação entre as almas daqueles que proferem reclamações, e daqueles que vigiam pela sua destruição, para sua matança no dia dos pecadores.
14Um receptáculo deste tipo foi formado para as almas dos injustos, e dos pecadores; daqueles que cometeram crime, e se associaram aos ímpios, com os quais eles se assemelham. Suas almas não serão aniquiladas naquele dia de julgamento, nem se levantarão deste lugar. Então eu bendisse a Deus,
15E falei: Abençoado seja o meu Senhor, o Senhor da glória e da retidão, cujo reino será para sempre e sempre.
Capítulo 23
1Dalí eu fui para outro lugar, em direção ao oeste, até às extremidades da terra,
2Onde vi um fogo resplandecente correndo ao longo sem cessar, com um curso não intermitente, nem de dia nem de noite; mas sempre o mesmo, continuadamente.
3Eu indaquei,dizendo: O que é isto, que nunca cessa?
4Então Raguel, um dos santos anjos que estava comigo, respondeu,
5E disse: Este fogo flamejante que tu vês correndo em direção ao oeste é aquele de todas as luminárias do céu.
Capítulo 24
1Eu fui dalí para outro lugar, e vi uma montanha de fogo que resplandesce tanto de dia quanto de noite. Fui em direção a ela e percebi sete esplêndidas montanhas, as quais eram diferentes umas das outras. 2Suas pedras eram brilhantes e belas; todas eram brilhantes e esplêndidas à vista e formosa era sua superfície. Três mountanhas estavam em direção ao leste, consolidadas e fortalecidas por estarem colocadas uma sobre a outra; três estavam em direção ao sul, consolidadas de maneira similar. Três eram igualmente vales profundos, os quais não se acercavam uma da outra. A sétima montanha estava no meio delas. Em comprimento elas todas se assemelhavam ao assento de um trono, e árvores odoríferas rodeavam-nas.
3Entre estas havia uma árvore de um odor incessante; nem daquelas que estavam no Edem, havia lá alguma, de todas as árvores de fragrância, que cheirava como esta. Suas folhas, suas flores, nunca ficam murchas, e seu fruto era belo.
4Seu fruto assemelhava-se ao cacho da palmeira. Eu exclamei: Vê! Esta árvore é vistosa de aspecto, agradável em suas folhas, e o aspecto de seus frutos é delicioso à vista. Então Miguel, um dos santos anjos que estava comigo, e um dos que presidem sobre elas, respondeu,
5E disse: Enoque, por que inquires a respeito do odor desta árvore?
6Por que estás inquisitivo para sabê-lo?
7Então eu, Enoque, respondi-lhe, e disse: Concernente a tudo eu estou desejoso de instrução, mas particularmente com respeito a esta árvore. 8Ele respondeu-me dizendo: A montanha que tu vês, o prolongamento da qual assemelha-se ao assento do Senhor, será o assento no qual se assentará o Santo e grande Senhor da glória, o eterno Rei, quando Ele virá e descerá para visitar a terra com bondade.
9E aquela árvore de agradável aroma, não de um odor carnal; lá ninguém terá poder para toca-la até o tempo do grande julgamento. Quando todos serão punidos e consumidos para sempre; isto será conferido sobre os justos e humildes. O fruto da árvore será dado ao eleito. Pois em direção ao norte, vida será plantada no santo lugar, em direção à habitação do eterno Rei.
10Então eles se regozijarão grandemente e exultarão no Santo. O doce odor entrará em seus ossos; e eles viverão uma longa vida na terra como seus antepassados; em seus dias não haverá tristeza, angústia, aborrecimento e nem punição os afligirá.
11E eu abençoei o Senhor da glória, o eterno Rei, porque ele preparou esta árvore para os santos, formou-a, e declarou que Ele a daria para eles.
Chapter 25
1Dalí eu fui para o meio da terra, e vi um feliz e fértil lugar, o qual continha ramos espalhando-se continuamente das árvores que estavam plantadas nele. Alí eu ví uma santa montanha, e debaixo dela a água do lado de tráz fluía em direção ao sul. Eu vi no oriente outra montanha tão alta quanto aquela; e entre elas havia um profundo, mas não largo vale. 2Água corria para a montanha para o ocidente dela; e debaixo dela havia igualmente outra montanha.
3Lá havia um vale, mas não um vale largo, abaixo; e no meio deles havia outro profundo e seco vale em direção da extremidade da árvore. Todos esses vales, que eram profundos, mas não oblíquo, consistia de uma forte rocha, com a árvore que estava plantada nela. E eu maravilhei-me com a rocha e o vale, ficando extremamente surpreso.
Capítulo 26
1Então eu disse: O que significa esta terra abençoada, e todas estas altas árvores, e o vale amaldiçoado entre elas?
2Então Uriel, um dos santos anjos que estava comigo, respondeu: Este vale é o amaldiçoado dos amaldiçoados para sempre. Aqui serão reunidos todos os que pronunciaram com suas bocas linguagem imprópria contra Deus, e falaram rudes coisas da Sua glória. Aqui eles serão reunidos. Aqui será seu território.
3Nos últimos dias um exemplo de julgamento será feito em retidão diante dos santos, enquanto aqueles que receberam misericórdia, para sempre, todos os dias, abençoarão a Deus, o eterno Deus.
4E no período do julgamento eles abençoarão a Ele por sua misericórdia, como Ele distribuiu-a a eles. Então eu abençoei a Deus, dirigingo-me a Ele, e fazendo menção, como foi reconhecida, Sua grandiosidade.
Capítulo 27
1Dali eu fui à direção do leste para o meio da montanha no deserto, do qual somente o nível da superfície eu percebi.
2Ele estava cheio de árvores da semente aludida; e água jorrava sobre ela.
3Alí apareceu uma catarata composta de muitas cachoeiras voltadas tanto para o oriente quanto para o ocidente. Sobre um lado havia árvores; sobre o outro água e orvalho.
Capítulo 28
1Então eu fui para outro lugar do deserto; em direção ao leste daquela montanha da qual eu havia me aproximado.
2Alí eu vi árvores escolhidas, (32) particularlmente aquelas que produzem o cheiro doce opiato, insenso e mirra; e árvores diferentes umas das outras.
(32) Árvores escolhidas. Literalmente "árvores de julgamento" (Laurence, p. 35; Knibb, p. 117).
3E sobre elas havia a elevação da montanha ocidental, a não grande distância.
Chapter 29
1Igualmente vi outro lugar com vales de água que nunca param,
2Onde percebi uma agradável árvore, a qual em odor assemelha-se a Zasakinon. (33)
(33) Zasakinon. A árvore de mastic (Knibb, p. 118).
3Em direção ao vale eu percebi o cinamomo de doce odor. Sobre eles avancei em direção ao leste.
Chapter 30
1Então ví outra montanha contendo árvores, da qual água fluía como
Neketro.(34) Seus nomes eram Sarira, e Kalboneba.(35) E sobre esta
montanha eu vi outra montanha, sobre a qual haviam árvores de Alva.(36)
(34) Neketro. O nectar (Knibb, p. 119).
(35) Sarira, e Kalboneba. Styrax e galbanio (Knibb, p. 119).
(36) Alva. Aloé (Knibb, p. 119).
2Estas árvores estavam cheias como amendoeiras, e fortes; e quando elas produziam frutos eram superiores a toda redolence.
Capítulo 31
1Depois destas coisas, inspecionando as entradas do norte acima das montanhas, vi montanhas e percebi sete montanhas repletas de puro nardo, árvores odoríferas e papiro.
2Dalí eu passei acima dos picos daquelas montanhas a alguma distância para o leste, e fui sobre o mar da Eritréia.(37) E quando eu havia avançado para longe, além dele, passei ao longo, acima do anjo Zateel, e cheguei ao jardim da justiça. Neste jardim eu vi outras árvores, as quais eram numerosas e grandes, e floreciam alí.
(37) Mar da Eritreia. O Mar Vermelho.
3Sua fragrância era agradável e poderosa e sua aparência era tanto agradável quanto elegante. A árvore do conhecimento também estava alí, do qual se algúem comesse, tornava-se dotado de grande sabedoria. 4Ela era semelhante às espécies da tamareira, dando frutos semelhantes à uva extremamente fina, e sua fragrância estendia-se a considerável distância. Eu exclamei: Que bela é esta árvore e quão deleitável é sua aparência!
5Então o santo Rafael, um anjo que estava comigo, respondeu e disse: Esta é a árvore do conhecimento, da qual vosso antigo pai e vossa mãe comeram, os quais foram antes de ti e que obtendo conhecimento, seus olhos sendo abertos, e descobrindo que estavam nus, foram expulços do jardim.
Capítulo 32
1Dali eu fui na direção das extremidades da terra, onde vi grandes feras diferentes umas das outras, e pássaros variados em suas aparências e formas, bem como com notas de diferentes sons.
2Para a direita destas feras eu percebi as extremidades da terra, onde os céus cessam. Os portões do céu estavam abertos e vi as estrelas celestiais vindo. Eu enumeri-as enquanto elas procediam do portão e escrevi-as todas, enquanto elas saiam uma por uma, de acordo com seu número. Eu escrevi seus nomes completamente, seus tempos e estações, enquanto o anjo Uiel, que estava comigo, mostrava-as a mim.
3Ele as mostrou todas a mim, e escrevi uma conta delas.
4Ele também escreveu para mim seus nomes, seus regulamentos, e suas operações.
Chapter 33
1Dalí eu avancei em direção ao norte, para as extremidades da terra.
2E alí vi a grande e gloriosa maravilha das extremidades de toda terra. 3Vi alí portões celestiais abertos para o céu, três dos quais distintamente separados. Os ventos do norte procediam deles, soprando frio, granizo, geada, neve, orvalho e chuva.
4De um dos portões eles sopravam suavemente, mas quando eles sopravam dos dois outros portões, ele era violento e forte. Eles sopravam sobre a terra fortemente.
Capítulo 34
1Dalí eu fui para as estremidades do mundo para o oeste;
2Ali percebi três portões abertos, enquanto eu estava olhando no norte; os portões e passagens através deles era de igual magnitude.
Capítulo 35
1Então eu segui às extremidades da terra ao sul, onde vi três portões abertos para o sul, do qual provinha orvalho, chuva e vento.
2Dali eu fui para as extremidades do céu oriental, onde vi três portões celestiais abertos para o leste, os quais tinham portões menores dentro deles. Através de cada um desses portões menores as estrelas do céu passavam, e passaram para o oeste por um caminho que foi visto por elas, e todo o período de seu aparecimento.
3Quando eu as vi, as abençoei cada vez que elas apareceram, e abençoei o Senhor da glória que tinha feito estes grandes e esplêndidos sinais, para que eles pudessem mostrar a magnificiência de suas obras aos anjos e às almas dos homens, e para que estes pudessem glorificar todas as suas obras e operações, pudessem ver os efeitos do seu poder; pudessem glorificar o grande labor de suas mãos e abençoá-lo para sempre.
(Capítulo 36 - não)
Chapter 37
1A visão que ele viu, a segunda visão de sabedoria, que Enoque viu, o filho de Jared, filho de Malaleel, o filho de Canan, filho de Enos, filho de Seth, filho de Adão. Este é o começo da palavra de sabedoria, a qual eu recebi para declarar e dizer àqueles que habitam sobre a terra. Ouví desde o princípio, e entendei até o fim, as santas coisas que eu pronuncio na presença do Senhor dos espíritos. Aqueles que eram antes de nós pensaram-nas boas para se pronunciar;
2E nós, que viemos depois, obstruimos o princípio da sabedoria. Até ao presente tempo nunca aconteceu ter sido dado diante do Senhor dos espíritos o que eu recebi, sabedoria de acordo com a capacidade do meu intelecto, e de acordo com o prazer do Senhor dos espíritos; o que eu recebi dele, uma porção da vida eterna.
3E eu obti três parábolas, as quais eu declarei aos habitantes do mundo.
Capítulo 38
1A primeira parábola. Quando a congregação dos justos for manifestada e os pecadores forem julgados por seus crimes, e forem afligidos à vista do mundo;
2Quando os justos forem manifestados (38) na presença dos mesmos justos, os quais serão eleitos por suas boas obras corretamente pesadas pelo Senhor dos espíritos, e quando a luz dos justos e dos eleitos, o quais abitam na terra for manifestada; onde será a habitação dos pecadores? E qual será o lugar de descanço daqueles que rejeitaram o Senhor dos espíritos? Seria melhor para eles se nunca tivessem nascido. (38) Quando os justos forem manifestados. Ou, "quando o Justo aparcer" (Knibb, p. 125; cp. Charles, p. 112).
3Quando os segredos dos justos também forem revelados, então os pecadores serão julgados e os ímpios serão afligidos na presença dos justos e eleitos.
4Daquele tempo, aqueles que possuirem a terra deixarão de ser poderosos e exaltados. Nem serão capazes de olhar para o semblante do santo, pois a luz dos semblantes dos santos, dos justos, e dos eleitos, terá sido visto pelo Senhor dos espíritos.(39)
(39) Pois a luz... Senhor dos espíritos. Ou, "pois a luz do Senhor dos espíritos terá aparecido na face dos santos, dos juntos, e dos escolhidos" (Knibb, p. 126).
5Então os reis poderosos daquele tempo serão destruidos, mas serão entregues nas mãos dos retos e santos.
6Desde então ninguém obterá compaixão do Senhor dos espíritos, porque suas vidas neste mundo terá sido completada.
Chapter 39
1Naqueles dias a raça eleita e santa descerá do céu e sua semente estará com os filhos dos homens. Enoque recebeu livros de indignação e ira, e livros de pressa e agitação.
2Nunca obterão misericórdia, diz o Senhor dos espíritos.
3Uma nuvem então me arrebatou, e o vento elevou-me acima da superfície da terra, colocando-me na estremidade dos céus.
4Lá eu vi outra visão, e vi as habitações e os lugares de descanço dos santos. Meus olhos viram suas habitações com os anjos, e seus lugares de descanço com os santos. Eles estavam entrando, suplicando e orando pelos filhos dos homens; enquanto a justiça fluía como a água diante deles, e a misericórdia se espalhava sobre a terra como o orvalho. E assim será para com eles para sempre e sempre.
5Naquele tempo os meus olhos viram a habitação do eleito, da verdade, fé e retidão.
6Sem conta será o número dos santos e eleitos na presença de Deus para sempre e sempre.
7Sua residência eu ví sob as asas do Senhor dos espíritos. Todos os santos e eleitos cantavam diante dele, com a aparência semelhante à chama de fogo; suas bocas estavam cheias de bênçãos e seus lábios glorificavam o nome do Senhor dos Espíritos. E retidão incessantemente habitava diante dele.
8Eu quiz permanecer ali, e minha alma desejou aquela habitação. Ali estava minha antecedente herança, pois deste modo eu prevaleci diante do Senhor dos espíritos.
9Neste momento eu glorifiquei e exaltei o nome do Senhor dos espíritos com louvor e exaltação, pois Ele o tem estabelecido com bênção e com exaltação, de acordo com Sua própria boa vontade.
10Meus olhos contemplaram quele espaçoso lugar. Eu o bendisse e falei: Abençoado seja, abançoado desde o princípio e para sempre. No princípio, antes que o mundo fosse criado, e sem fim é seu conhecimento.
11Qual é este mundo? De toda geração existente, eles abençoarão aquele que não dorme espiritualmente, mas permanece diante da Tua glória, abençoaando, glorificando, exaltando-te, e dizendo: Santo, santo, o Senhor dos espíritos encheu o mundo todo de espíritos.
12Ali meus olhos viram a todos que, sem dormir, permanecem diante dele e abençoam-no dizendo: Abençoado sejas, e abençoado seja o nome de Deus para sempre e sempre. Então meu semblante ficou mudado, até que fiquei incapaz de continuar vendo.
Capítulo 40
1Depois disto eu vi milhares de milhares e miríades de miríades, e um número infinito de pessoas, em pé, diante do Senhor dos espíritos. 2Igualmente, nas quatro asas do Senhor dos espíritos, nos quatro lados, percebi outros, ao lado daqueles que estavam em pé diante dele. Seus nomes também eu sei porque o anjo que estava comigo declarou-os a mim, revelando-me toda coisa secreta.
3Então ouvi as vozes daqueles sobre os quatro lados, magnificando o Senhor da glória.
4A primeira vóz abençoou o Senhor dos espíritos para sempre e sempre. 5A segunda vóz ouvi abençoando ao Eleito e aos eleitos que sofrem pela causa do Senhor dos espíritos.
6A terceira vóz eu ouvi pedindo e orando em favor daqueles que habitam sobre a terra, e suplicam no nome do Senhor dos espíritos.
7A quarta vóz eu ouvi expulçando os anjos ímpios, (40) e proibindo-os de entrarem na presença do Senhor dos espíritos para proferirem acusações contra(41) os habitantes da terra.
(40) Anjos ímpios. Literalmente "os Satãs" (Laurence, p. 45; Knibb, p. 128). Ha-satan em Hebreu ("o adversário") foi originalmente o título de um ofício, não o nome de um anjo.
(41) Proferir acusações contra. Ou, "para acusar" (Charles, p. 119). 8Depois disso eu pedi ao anjo da paz, que prosseguia comigo, para explicar tudo o que estava escondido. Eu disse-lhe: Quem são aqueles que eu havia visto nos quatro lados e que palavras eram aquelas que eu havia ouvido e escrito? Ele respondeu: O primeiro é o misericordioso, o paciente, o santo Miguel.
9O segundo é aquele que preside sobre todo sofrimento e toda aflição dos filhos dos homens, o santo Rafael. O terceiro, o qual preside sobre tudo o que é poderoso é Gabriel. E o quarto, o qual preside sobre o arrependimento e a esperança daqueles que herdarão a vida eterna, é Fanuel. Estes são os quatro anjos do Altíssimo Deus e suas quatro vozes, as quais naquele momento eu ouvi.
Capítulo 41
1Depois disso eu vi os segredos do céu e do paraíso, de acordo com suas divisões, e das ações humanas enquanto eles pesavam-nas em balanças. Vi as habitações dos eleitos e as habitações dos santos. E ali meus olhos viaram todos os pecadores que haviam negado o Senhor da glória e como eles foram expelidos dali, e arrastados para fora, como eles estiveram ali; nenhuma punição procedeu contra eles vinda do Senhor dos espíritos.
2Ali também meus olhos viram os segredos do raio e do trovão e os segredos dos ventos, como eles são distribuídos quando eles sopram sobre a terra: os segredos dos ventos, do orvalho, e das nuvens. Ali eu vi o lugar de onde eles saem e tornam-se saturados com o pó da terra.
3Ali eu vi os receptáculos de madeira nos quais os ventos são separados, o receptáculo do granizo, o receptáculo da neve, o receptáculo das nuvens, e a própria nuvem, a qual continuava sobre a terra antes da criação do mundo.
4Eu vi também os receptáculos da lua, de onde elas vêm, para onde elas vão, seus gloriosos retornos e como uma se torma mais esplêndida do que a outra. Eu marquei seu rico progresso, seu imutável progresso, sua
divisão e não diminuído progresso; sua observância de uma fidelidade mútua por um juramento estável; seu procedimento diante do sol e sua aderência ao caminho que lhes foi distriuido, (42) em obediência ao comando do Senhor dos espíritos. Potente é seu nome para sempre e sempre.
(42) Seu procedimento... caminho distribuído . Ou, "o sol vai primeiro e completa sua jornada" (Knibb, p. 129; cp. Charles, p. 122). 5Depois eu vi que o caminho da lua, tanto oculto quanto manifesto; e também o progresso dessa tragetória foram completados dia a dia, e à noite; enquanto cada uma, junto com a outra, olhou para o Senhor dos espíritos, magnificando-O e exaltando-O sem cessar, já que exaltá-lO, para eles, é repouso; pois no espêndido sol há uma frequente alteração para bênção e para maldição.
6O curso do caminho da lua para com os retos é luz, mas para os pecadores é escurição; no nome do Senhor dos espíritos, o qual criou uma divisão enre luz e escuridão, e separando os espíritos dos homens, fortalecendo os espíritos dos justos em nome de sua própria retidão.
7O anjo não previne isto, nem é ele dotado de poder para preveni-lo, pois o Juiz vê a todos, e julga-os a todos na própria presença deles.
Capítulo 42
1A sabedoria não encontrou um lugar na terra onde pudesse habitar; sua habitação, portanto está no céu.
2A sabedoria saiu para habitar entre os filhos dos homens, mas ela não obteve habitação. A sabedoria retornou ao seu lugar e assentou-se no meio dos anjos. Mas a iniquidade saiu depois do seu retorno, a qual de má vontade encontrou uma habitação e residiu entre eles como chuva no deserto, e como o orvalho na terra seca.
Capítulo 43
1Eu vi outro esplendor, e as estrelas do céu. Eu observei que ele chamou-as todas por seus respectivos nomes, e que elas ouviram. Vi que ele pesou-as numa justa balança por sua luz e amplitude de seus lugares, o dia de seu aparecimento, e suas conversões. Eplendor produziu esplendor; e sua conversão foi o número dos anjos, e dos fiéis. 2Então eu perguntei ao anjo, que prosseguia comigo, e ele explicou-me coisas secretas, e quais eram seus nomes. Ele respondeu: O Senhor dos espíritos mostrou a ti uma similaridade disto. Eles são nomes dos justos que habitaram na terra, os quais acreditam no nome do Senhor dos espíritos para sempre e sempre.
Capítulo 44
1Outra coisa também vi com respeito ao esplendor; que ele sobe por causa das estrelas e torna-se esplendor, sendo imcapaz de abandoná-las.
Capítulo 45
1A segunda parábola, a respeito daqueles que negam o nome da habitação dos santos e do Senhor dos espíritos.
2Aos céus eles não ascenderão nem virão sobre a terra. Esta será a porção dos pecadores que negam o nome do Senhor dos espíritos e que estão assim reservados para o dia da punição e da aflição.
3Naquele dia o Eleito se assentará sobre um trono de glória e escolherá suas condições e suas incontáveis habitações, enquanto seus espíritos neles serão fortalecidos quando eles virem meu Eleito, pois esses fugiram por proteção para meu santo e glorioso nome.
4Naquele dia eu farei com que meu Eleito habite no meio deles; mudarei a face do céu; o abençoarei e o iluminarei para sempre.
5Eu tambem mudarei a face da terra, a abençoarei; e farei com que aqueles a quem elegi habitem sobre ela. Mas aqueles que cometeram pecado e iniquidade não habitarão nela, pois Eu marquei seus procedimentos. Meus justos Eu satisfarei com paz, colocando-os diante de Mim; mas a condenação dos pecadores se aproximará, para que Eu possa destrui-los da face da terra.
Capítulo 46
1Ali eu vi o Ancião de dias, cuja cabeça era igual à brana lã, e com ele outro, cujo semblante assemelhava-se àquele do homem. Seu semblante era cheio de graça, igual àquele dos santos anjos. Então eu inquiri dos anjos que estavam comigo, e que me mostravam toda coisa secreta concernente a este Filho do homem, o qual foi; de onde Ele era e porque Ele acompanhou o Ancião de dias.
2Ele respondeu-me e disse: Este é o Filho do homem, ao qual a justiça pertence, com o qual a retidão tem habitado e o qual revelou todos os tesouros do que é escondido: pois o Senhor dos espíritos o tem escholhido e sua porção tem excedido a tudo diante do Senhor dos espíritos em eterna ascenção.
3Este Filho do homem, que tu vês, levantará reis e poderosos de seus lugares de habitação, e os poderosos de seus tronos; soltará as rédeas do poderoso, e quebrará em pedaços os dentes dos pecadores.
4Ele lançará reis dos seus tronos e de seus domínios porque eles não O exaltarão, O louvarão, nem se humilham diante dEle, pelo Qual seus reinos lhes foram dados. Igualmente o semblante do poderoso Ele lançará abaixo, enchendo-os de confusão. Escura será sua habitação e vermes serão sua cama; deste seu leito eles não esperam levantar-se novamente porque eles não exaltam o nome do Senhor dos espíritos. 5Eles condenarão as estrelas do céu, elevarão suas mãos contra o Altíssino, caminham e habitam sobre a terra, exibindo todos os seus atos de iniquidade, mesmo suas obras de iniquidade. Sua força estará em suas riquezas e sua fé nos bens que têm formado com suas próprias mãos. Eles negarão o nome do Senhor dos espíritos e o expulçarão de seus templos, nos quais eles se reúnem;
6E com Ele o fiel, (43) o qual sofre em nome do Senhor dos espíritos.
(43) O expulçarão... o fiel. Ou, "expulçarão das causas de sua congregação e do fiel" (Knibb, p. 132; cp. Charles, p. 131).
1Naquele dia a oração dos santos e dos justos e o sangue dos íntegros ascenderá da terra até a presença do Senhor dos espíritos.
2Naquele dia os santos se reunirão, os quais habitam nos céus, e com vozes unidas de petição, suplica, oração, louvor e bênção ao nome do Senhor dos espíritos, por conta do sangue dos justos que tem sido derramado, para que a oração dos justos não seja descontinuada diante do Senhor dos espíritos, para que por eles se execute julgamento; e para que sua pasciência possa perdurar para sempre.(44)
(44) Para que sua paciência... perdure para sempre. Ou, "(para que) sua paciência possa não ter que durar para sempre" (Knibb, p. 133). 3Naquele tempo eu vi o Ancião de dias enquanto ele se assentava sobre o trono da sua glória, enquanto o livro dos vivos foi aberto na sua presença e enquanto todos os poderes que estão acima dos céus permanecem ao redor e diante dele.
4Então os corações dos santos estavam cheios de alegria, por causa da consumação da justiça que havia chegado, a súplica dos santosn doi ouvida e o sangue dos justos apreciado pelo Senhor dos espíritos.
Capítulo 48
1Naquele lugar eu vi uma fonte de retidão, a qual nunca falha, envolta em muitas fontes de sabedoria. Delas todos os sedentos beberam e foram cheios de sabedoria tendo sua habitação com os retos, eleitos e santos.
2Naquela hora o Filho do homem foi invocado diante do Senhor dos espíritos e seu nome na presença do Ancião de dias.
3Antes que o sol e os sinais fossem criados, antes que as estrelas do céu tivessem sido formadas, seu nome era invocado na presença do Senhor dos espírito. Ele será um apoio para os justos e santos se encostarem, sem falhar; e ele será a luz das nações.
4Ele será a esperança dequeles cujos corações estão temerosos. Todos os que habitam na terra cairão diante dEle; O abençoarão e glorificarão, e cantarão orações ao nome do Senhor dos espíritos.
5Portanto o Eleito e Escondido subsistiu em sua presença, antes que o mundo fossse formado, e para sempre.
6Na Sua presença Ele existiu, e revelou aos santos e aos justos a sabedoria do Senhor dos espíritos; pois Ele preservou o lugar dos retos, porque eles iraram e rejeitaram este mundo de iniquidade, e detestaram todas as suas obras e caminhos, no nome do Senhor dos espíritos.
7Pois em seu nome eles serão preservados e sua será a vida. Naqueles dias os reis da terra e os homens poderosos, os quais ganharam o mundo por suas realizações, se tornarão humildes em seus semblantes.
8Pois no dia de sua ansiedade e angústia, suas almas não serão salvas, e eles estarão em sujeição daquele a quem eu escolhi.
9Eu os lançarei como a palha ao fogo e como chumbo, na água. Assim eles queimarão na presença dos justos e afundarão na presença dos santos; nem a décima parte deles será encontrada.
10Mas no dia da tribulação o mundo ganhará tranquilidade.
11Em sua presença eles falharão e não serão levantados novamente; nem haverá alguem para tomá-los por suas mãos e levantá-los; pois eles negaram o Senhor dos espíritos e seu Messias. O nome do Senhor será abençoado.
Capítulo 48A
(45)
(45) Dois capítulos consecutivos são enumerados "48"
1Sabedoria verteu como água e glória não falta diante dEle para sempre e sempre, pois potente é Ele em todos os segredos de retidão.
2Mas a iniquidade passa como uma sombra e não possui uma estação fixa, pois o Eleito permanece diante do Senhor dos espíritos e Sua glória é para sempre e sempre, e Seu poder de geração em geração.
3Com Ele habitam os espíritos da sabedoria intelectual, o espírito da instrução e do poder e o espíritos dos que dormem em retidão; Ele julgará coisas secretas.
4Ninguém será capaz de pronunciar uma única palavra diante dEle, pois o Eleito está na presença do Senhor dos espíritos de acordo com Seu próprio prazer.
Capítulo 49
1Naqueles dias os santos e os escolhidos sofrerão uma mudança. A luz do dia descançará sobre eles e o esplendor e a glória dos santos será transformada.
2Naquele dia de tribulação o mal será amontoado sobre os pecadores, mas os justos triunfarão no nome do Senhor dos espíritos.
3Outros serão levados a ver que devem arrepender-se e desistir das obras das suas mãos, e que a glória não os espera na presença do Senhor dos espíritos já que por Seu nome eles podem ser salvos. O Senhor dos espíritos terá compaixão deles, pois grande é a Sua misericórdia e a justiça está em Seu julgamento; na presença de Sua glória, em seu julgamento a iniquidade não permanecerá. Aquele que não se arrepende em perecerá Sua presença.
4Daqui em diante Eu não terei misericórdia deles, diz o Senhor dos espíritos.
Chapter 50
1Naqueles dias a terra entregará de seu ventre e o inferno entregará de si aqueles a quem recebeu, e a destruição restaurará àqueles a quem ela deve.
2Ele selecionará os justos e santos de entre eles, pois o dia de sua salvação se tem aproximado.
3E naqueles dias o Eleito se assentará sobre seu trono, enquanto todo segredo de sabedoria intelectual procederá da sua boca, pois o Senhor dos espíritos lhe concedeu e glorificou.
4Naqueles dias as montanhas saltarão como as rãs e os montes pularão como jovens ovelhas (46) saciadas com leite; e todos os justos se tornarão iguais aos anjos nos céu.
(46) Cp. Salmos 114:4
5Seu semblante se iluminará de alegria, pois naqueles dias o Eleito será exaltado. A terra se regozijará; os justos habitarão nela e a possuirão.
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