domingo, 13 de outubro de 2013

MANDALAS


 



TIPOS DE MANDALAS

    by Lucy Lacerda

Há duas categorias principais de Mandalas: Geométricas e Livres.
Existem tipos de Mandalas com específicas finalidades, tais como as usadas em arquitetura, paisagismo, decoração, marcenaria, joalheria, arte, meditação, astrologia, religião, etc.

Mandala como processo de cura e transformação

A Mandala é um instrumento auxiliar processo de cura, no crescimento pessoal e no processo da individuação. 
Evoca a harmonia, a inteireza, a completude, a reestruturação do indivíduo.
Ajuda a estabelecer senso de harmonia, facilitando à pessoa sentir-se inteira, harmonizada e fazendo parte de uma inteireza maior.
Tal como o fogo e a água, as Mandalas nos trazem tranquilidade, distanciam os problemas, levando-nos à meditação, permitindo-nos entrar no jogo das vibrações que permeiam o universo.
São meios de religar nossa consciência à Fonte de onde todos proviemos.
Nicolau de Cusa disse:
”Deus é uma Esfera Cujo Centro está em toda parte, embora Suas circunferências não O delimitem em parte alguma”.
A Mandala tem sempre um centro e o círculo.
Desde o centro, o circulo divino, perfeito, fechado em si, sem começo, meio ou fim, emana o quadrado que simboliza a Terra, o homem.
A Mandala pode ser definida como uma expressão de mudança, liberando energia e conduzindo a pessoa à percepção e visualização da fonte de energia dentro dela mesma.
Encontramos nas cavernas desenhos pré-históricos circulares arquetípicos, usados instintivamente, desde o alvorecer das primitivas culturas.
Ela é antiga como a humanidade e já era conhecida sua eficácia na solução de problemas psíquicos.
O desenho em forma circular é uma tentativa da psique para se organizar.
Daí o uso de mandalas até para pessoas em hospitais psiquiátricos e doentes terminais, que nelas buscam o centramento de que precisam.
 A Dra. Nise da Silveira fez expressivos estudos do uso das Mandalas pelos seus pacientes que, intuitivamente, desenhavam Mandalas espontâneas em busca de organização interna e de cura.
Comunicou-se com Jung a respeito, que aprovou as suas observações.
A expressão em forma circular ajuda a organizar e fortalecer a psique,  facilita o nosso contato com ela e com a nossa essência, focaliza energias positivas.
Quando as tribos atravessam períodos de fome, guerra, etc., surgem nos desenhos formas circulares que propiciariam o retorno da
 psique à sua normalidade.
Em tempos difíceis, nações e pessoas tendem a buscar as formas circulares que evoquem a inteireza e restabeleçam o equilíbrio da mente e das emoções.
O trabalho com Mandalas é meio para o autoconhecimento e a realização do Ser, mobilizando as faculdades corporais, intelectuais e espirituais da pessoa.
O traço comum do trabalho com as Mandalas é a busca de integração, pessoal e ambiental.
As pessoas que se expressam pelo trabalho de Mandalas buscam, às vezes instintivamente, a cura, pela contemplação e criação de desenhos com centro e círculo, enquadrados ou não, auxiliando assim a construção da harmonia do ser.
O desenho das Mandalas é constituído usualmente do círculo (símbolo de cosmos e da eternidade) e do quadrado (símbolo da terra e do homem), obedecendo sempre ao princípio do centro, nas diferentes formas e modos usados.
Desde Jung, o Ocidente sabe do valor terapêutico do trabalho das Mandalas, reconhecendo–as como o melhor símbolo do psiquismo, o exemplo do que ocorre na dinâmica psíquica, cuja essência última permanece incapturável.
No centro, a representação do nosso ser.
Com as mandalas, terapeutas usam técnicas especiais para liberar o potencial curativo.
Imagens homogêneas, com um centro, organizadas, facilitam a emergência de processos inconscientes e preenchem de paz
 interior a mente que deseja conhecer a ordem do Cosmos e compreender o significado do milagre da vida.
 Nos sonhos, em visões proféticas, a forma mandálica está sempre presente.
Vivemos numa gigantesca Mandala.
A Via Láctea, com seus imensos braços estendidos pelo Cosmos, o nosso sistema solar circundado pelos planetas, tudo nos remete à Mandala.
Olhos, cérebros, ninhos de pássaros são Mandalas.
Nas catedrais da Idade Média, as rosáceas dos vitrais, principalmente em Chartres e Notredame, proporcionam paz interior
 para quem as contempla.
As cruzes, de todos os tipos, são Mandalas, bem como a Estrela de David, com o cruzamento dos mistérios humano e divino, entrelaçando triângulos.
Vivemos cercados de Mandalas.
Por isso, elas constituem uma secular e eterna inspiração para o ser humano e para a sua eterna busca interior, em direção a si mesmo. 
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