Traçando o
Princípio da Suficiência Plena
Este volume diminuto não pretende
abranger todos os ensinamentos acerca da abundância que flui através dos canais
da Sabedoria Plena, os quais têm sido adaptados pela cultura ocidental e
reinterpretados como metafísica espiritual. O conceito de suficiência plena foi
construído a partir das formas originais de todos os sistemas filosóficos e
religiosos existentes até o segundo século d.C., quando teve início a guerra contra
o autoconhecimento e a autoconfiança. Os antigos ensinavam que ter o
entendimento de si mesmo equivalia a ter o entendimento de Deus, e que pelo
processo de meditação nos é dado o poder de liberar a Energia Divina de dentro
de nós e de transmutar a discórdia em harmonia, a ignorância em sabedoria, o
medo em amor e a falta em
abundância. Os iniciados eram treinados para conceber a mais
alta visão com seu Verdadeiro Mestre Interior - a Fonte de Tudo. Estudantes dos
sagrados mistérios eram, também, instruídos quanto ao uso do inato poder
irradiante e magnético no exercício do domínio de si. Por meio do trabalho com
a rítmica energia proveniente do Eu Superior, qualquer tipo de bem que fosse
necessário para se efetuar uma troca era tido como instrumento de boa vontade
superior, assim como o dinheiro, que nada mais era que um simples sinal da
apreciação pelo serviço de alguém, ou mesmo um símbolo de amor e de
integridade. Sem entrarmos muito no mérito da questão, um ensinamento, em
particular, permaneceu constante durante o processo iniciático: mente e emoções
personificando amor, gentileza e paz eliminam a limitação, de modo que a
consciência de um estado pacífico e inofensivo liberte o indivíduo do cativeiro
e das restrições do pensamento da raça humana.
As escolas
de mistérios da Ásia, do Egito, da Pérsia e da Grécia prestaram um serviço de
incalculável valor para a humanidade por meio do despertar dos poderes
espirituais de alguns homens e mulheres dedicadas, e esses conhecimentos a
cerca da harmonia e da realização tiveram continuidade pelos livros sagrados e
ensinamentos secretos... Na Cabala dos hebreus, nos místicos hindus e budistas,
nas escrituras gnósticas do início do Cristianismo e em certas passagens da
Bíblia.
Por meio da inspiração e dos ensinamentos de Jesus, os gnósticos (do grego gnois, que significa conhecimento) continuaram a tradição esotérica e suas escrituras enfatizavam a unicidade entre Deus e o Homem, a Divindade do Indivíduo e o Poder Criativo de cada alma para se elevar acima das limitações. (Nos textos de Nag Hammadi, descobertos no Egito, em 1945, considerados mais antigos que os evangelhos do Novo Testamento, temos uma biblioteca das escrituras gnósticas). No Evangelho segundo Tomé, Jesus deixa claro que o homem, ao conhecer a sua própria e verdadeira identidade, passa ter a compreensão que é Uno como Pai e enfatiza, então, a verdade que diz ser a consciência que o homem tem da sua Divindade, do seu ser Crístico, o seu próprio suprimento. Jesus disse: "Se não conheceres a ti mesmo, viverá na pobreza, e tu és quem será a pobreza".
O evangelho de Felipe recorda-nos a prática esotérica de transformar a visão em forma manifesta: "... você deve se tornar o que você vê". Os gnósticos, que adoravam a Luz Pura do Cristo que vive no interior de cada ser humano, por seus conhecimentos sobre os pensamentos-forma e os princípios de manifestação, foram capazes de cooperar com a Divindade na liberação de poderes criativos por aproximadamente 300 anos seguidos, no tempo em que Jesus esteve na Terra.
Por meio da inspiração e dos ensinamentos de Jesus, os gnósticos (do grego gnois, que significa conhecimento) continuaram a tradição esotérica e suas escrituras enfatizavam a unicidade entre Deus e o Homem, a Divindade do Indivíduo e o Poder Criativo de cada alma para se elevar acima das limitações. (Nos textos de Nag Hammadi, descobertos no Egito, em 1945, considerados mais antigos que os evangelhos do Novo Testamento, temos uma biblioteca das escrituras gnósticas). No Evangelho segundo Tomé, Jesus deixa claro que o homem, ao conhecer a sua própria e verdadeira identidade, passa ter a compreensão que é Uno como Pai e enfatiza, então, a verdade que diz ser a consciência que o homem tem da sua Divindade, do seu ser Crístico, o seu próprio suprimento. Jesus disse: "Se não conheceres a ti mesmo, viverá na pobreza, e tu és quem será a pobreza".
O evangelho de Felipe recorda-nos a prática esotérica de transformar a visão em forma manifesta: "... você deve se tornar o que você vê". Os gnósticos, que adoravam a Luz Pura do Cristo que vive no interior de cada ser humano, por seus conhecimentos sobre os pensamentos-forma e os princípios de manifestação, foram capazes de cooperar com a Divindade na liberação de poderes criativos por aproximadamente 300 anos seguidos, no tempo em que Jesus esteve na Terra.
No ano de
180, dC. , Irenaeus, Bispo de Lyon, atacou o pensamento independente e todo
ensino relativo à unicidade de Deus com o homem, pois acreditava que a
consciência espiritual e a união pessoal com Deus acabariam por minar a
autoridade dos padres; assim, para combater o perigo, ele dirigiu sua fúria
para o gnosticismo. Para começar, Iranaeus editou os seus Cinco Livros Contra
os hereges, seguidos por uma lista dos escritos aceitos, para os quais foram
escolhidas apenas aquelas cujas palavras apoiassem suas exigências em relação
ao dogma estabelecido. O direcionamento da mente no sentido de dentro para fora
começava a mudar a partir de então, e o inato poder do indivíduo foi,
gradualmente, sendo colocado em uma estrutura exterior, rebaixando-se-lhe a
autoridade. O Cristianismo, quando tornado a religião única e oficial do
Estado, em 395, pelo Imperador Theodosius, assumiu o controle completo sobre as
mentes dos indivíduos, entrando, a humanidade, em um período negro de mil anos,
conhecido como a Era Escura. De fato, os primeiros quatrocentos anos desse
período são considerados como o Período Infrutífero da Europa, período em que a
literatura, as ciências e a educação pouco contribuíam com o futuro da raça
humana, dado o reduzido avanço que tiveram.
O que hoje é conhecido como
"consciência de prosperidade", a compreensão de Deus como Fonte de
Todo o Bem, era quase inexistente. O sistema feudal controlou a vida das
pessoas durante séculos e as chaves para a iluminação espiritual eram guardadas
pelos líderes da Igreja. Uma interpretação livre e subjetiva da doutrina cristã
ou a simples falta de fé na religião resultavam em penalidades extremas. Assim,
como constante embate entre a Igreja e o indivíduo, a prática e o domínio de
técnicas por meio de uma necessidade autônoma, a exemplo da ciência das forças
e das formas, estiveram temporariamente perdidos. A mente ocidental foi mantida
"no escuro" até a instituição cristã começar a se romper por volta do
ano de 1500 - só então os princípios eternos da Unidade começaram a reemergir.
Os rosascrucianos - a Fraternidade da Cruz Vermelha, que permaneceu em segredo até a publicação do manifesto da Ordem, em 1614 - começaram a agir contra a intolerância religiosa, passando, com isso, a exercer influência. Seguindo a tradição dos egípcios antigos e dos cristãos gnósticos, os membros da sociedade secreta tornaram-se conhecidos por transcenderem as limitações do mundo físico pelo despertar espiritual - uma superação da falta pelo conhecimento da Presença e da realização da Vontade de Deus.
A Maçonaria, mais antigas que qualquer outra das religiões vivas do mundo, de acordo com Albert Pike, continuou a cadeia dos mistérios sagrados. Poe meio uma compreensão da realidade espiritual e de uma dedicação à Sabedoria, amor e Serviço, os Mestres Maçons alcançavam poderes supernaturais, com a habilidade de fazer manifestar da substancia invisível toda suficiência de suprimentos visíveis. A mente da raça humana estava, então, começando a sentir o efeito dessa nova Luz da Compreensão.
Por volta de 1800, a filosofia esotérica e o misticismo prático inundaram a Europa e a América como um maremoto. O Movimento Transcendental, liderado por Ralph Waldo Emerson, começou na Nova Inglaterra; o Movimento Metafísico foi introduzido por Phineas Quimby; H.P.Blavatsky e Henry Olcott fundaram a sociedade Teosófica;
Mary Baker Eddy fundou a Ciência Cristã; o Movimento do Pensamento Novo floresceu como trabalho e dos ensinamentos de Charles e Myrtle Fillmore (Unidade), Nona Brooks (Ciência Divina) e Ernest Holmes (Ciência Religiosa); Alice Bailey estabeleceu a Escola dos Arcanos; Rudolph Steiner formou a Sociedade Antroposófica; Paramahansa Yogananda fundou a confraternização da Auto Realização; fora a riqueza material, nos arquivos de Edgard Cayce, que fez crescer a Associação para Pesquisa e Iluminação - apenaspara nomear alguns dos colaboradores do desenvolvimento espiritual da Nova Era. Estima-se, agora, que pelo menos 25% da população da América estejam envolvidas, de alguma forma, com aquilo a que se atribuiu o nome de Filosofia Esotérica ou Religião do Pensamento Novo; e justamente no cerne de todo esse movimento, no coração dessa consciência que está emergindo, está a Verdade de que Deus é ilimitadamente próspero e que nós, sendo a expressão di Infinito, temos uma herança abundante.
Essa mensagem de Prosperidade não poderia ser guardada em segredo nem mesmo na Bíblia - com mais de 200 anos de censura, traduções e reedições, ainda assim a Luz de Ouro da Segurança do Pai permanece.